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Frankenstein, 1931

Autor: Leonardo Caprara 2 de outubro de 2012 0 Comentário

Frankenstein é um dos maiores clássicos do terror americano, eternizado pelo reconhecidíssimo monstro.

O primeiro (e melhor deles) é do ano de 1931 e vai ser o abordado hoje, que se junta com outros filmes já citados como “King Kong”, “O gabinete do Dr. Caligari”, “O Homem Invisível” e “Casablanca”.

O Filme:

O filme é uma verdadeira obra de arte, bem encaixado, com belas atuações e uma maquiagem esplendida, um verdadeiro clássico que merece ser admirado até os dias atuais.

Sinopse:  Um louco cientista constrói um monstro a partir de diversas partes de cadáveres humanos. Porém, para o cérebro, ao invés de utilizar um normal, o de um perigoso criminoso é utilizado. Um raio dá vida ao monstro, o que indica que o horror está apenas começando…

Os segmentos da histórias são bem definidos com três partes chaves, fato esse que me agrada muito, primeiramente é a busca do doutor em criar a vida, depois vem a parte da criação e surgimento do monstro e todas as dúvidas surgindo, inclusive sobre o que o doutor tanto fazia no castelo e para finalizar a fuga do monstro e a caçada a ele até o final da história (não vou entrar em mais detalhes para não atrapalhar você que ainda não assistiu).

Quem Fez:

O filme foi dirigido por James Whale, brilhante cineasta que também dirigiu outro clássico já citado aqui no GF “O Homem Invisível” dois anos após Frankenstein.

Podemos ver os traços de Whale bem definidos na sua organização, que pode ser notada inclusive em outros filmes, em comparação ao outro clássico de 1933 podemos considerar a parte das separações do filme, com o começo mais parado, de buscas por respostas e outras coisas até a parte final onde o caos começa a reinar.

Outra característica sua é a de não ter feito filmes cansativos, todos seus filmes são dinâmicos, prendendo o expectador a obra, talvez até mesmo por seu modo de fazer, um modo que na minha opinião é ótimo, com o filme tendo seu dinamismo aumentado regularmente ao seu decorrer, com poucos altos e baixos, sempre mantendo a estabilidade até chegar ao final mais dinâmico.

O papel do monstro seria do brilhante primeiro conde Drácula da história Bela Lugosi, que recusou o papel pelo fato de não ter falas e de não poder fazer sua própria maquiagem.

Para o seu lugar foi escolhido Boris Karloff, que surpreendeu a todos criando uma sensacional interpretação ao monstro, entrando realmente no mundo criado dentro do filme e mostrando que não era necessárias falas para ele expressar seu talento como ator, como resultado ficou eternizado como o primeiro e mais brilhante monstro Frankenstein.

O papel do Dr. Henry Frankenstein ficou a cargo de Colin Clive, ótimo ator e muito amigo do diretor James Whale.

Houve uma especulação que essa amizade seria pela opção sexual do ator e diretor, com Whale sendo homossexual e Clive bissexual, que teria inclusive se casado apenas para manter a aparência de padrão da época, mas nada nunca foi confirmado.

Influência alemã:

James Whale era grande fã do trabalho alemão no cinema, principalmente pelo clássico do expressionismo feito por F.W. Murnau, que dirigiu o eternizado e talvez primeiro Drácula chamado Nosferatu (não intitulado Drácula por direitos autorais).

Podemos ver muita influencia do estilo de Murnau no filme, em posicionamento de câmeras, movimentação, cenários e até mesmo na maquiagem que com certeza teve influencia de Whale levando o estilo de Murnau.

Repercussão:

Talvez hoje em dia o filme não traga tanto medo as pessoas, mas nos anos 30 causou verdadeiro horror e marcou aquela época, nas portas dos cinemas aviam ambulâncias para quem passasse mal e os preceitos eram totalmente controversos para época, como por exemplo desenterrar cadáveres e criar a vida (tarefa considerada um insulto por muitos religiosos daquele tempo).

Auge dos estúdios Universal:

Esse filme junto com muitos outros da época mostra os tempos dourados do estúdio universal, tempos estes que criaram muitos clássicos eternizados até hoje, dentre eles podemos citar “Drácula”, “O Homem invisível”, “King Kong”, “O Gabinete do Dr. Caligari”, “O Lobisomem”, “O fantasma da ópera” e “O Homem que ri”.

Bem cinéfilos, estamos tentando trazer o máximo do cinema clássico que muitas vezes fica apagado na história, por isso sempre que posso publico algo do tipo, portanto ainda virão muitos clássicos como este por ai, curtam nossa página no Facebook, assinem nosso Feed e aguardem que virão mais por ai!


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