Num furo exclusivo do GFnoticias.com, descobrimos que o candidato a prefeito de São Paulo, José Serra, conseguiu dar uma escapada dos compromissos da campanha, e, a convite de Steven Spielperg, irá estrelar a sequência do aclamado filme Minority Report.
Serra nos recebeu no camarim das filmagens, que terão cenas rodadas no Brasil. Uma das tomadas será na FEBEM… Ou melhor, na Insituição Casa. Entre um pó de arroz e uma sombra, o prefeiturável falou da experiência como ator, que vem desde 2010, quando, durante uma caminhada com correligionários, num lapso genial de representação, deu a entender que tinha sido alvejado por uma rocha magmática, quando na verdade o que lhe atingiu foi a lista de furnas, escrita num papel timbrado do governo de Minas Gerais. ‘Falaram para me inscrever no prêmio do Urso de Ouro, em Berlim, mas como não sei qual Alemanha é comunista, pedi para a Soninha Francine me reprentar, já que teve uma época em que ela só ficava em cima do muro”.
Cena de Minority Report
Gfnoticias: Como é a experiência de contracenar num filme de Hollywood?
José Serra: M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A (O rosto do ator/político se ilumina, sob os protestos do maquiador, que fala para ele sossegar o facho). Sabe que assim que cheguei todos vieram me cumprimentar, menos o Tom Cruise. Mas eu entendo. Apesar dele até ser razoável como ator, eu faço isso já há muito tempo. Representar, dissimular, fazer caras e bocas… Enfim, não sou nenhum novato nessa área.
Gfnoticias: Legal… Mas estamos na última semana de campanha para prefeitura, acha que não terá nenhum prejuízo?
José Serra: Aí que está querido. (O prefeiturável pede seu roupão de seda salmão, com anáguas transparentes em degradê e dispensa o maquiador, chamando seu cabeleireiro) Não preciso estar lá de corpo presente pois minha assessoria de imprensa está fazendo um excelente trabalho…
Gfnoticias: Sua equipe deve ser bem grande…
José Serra: Basta assistir o jornal das 20:15 e comprar os ‘jornais’ e as ‘revistas’ – o entrevistado arregala os olhos e faz sinal de aspas com as mãos – da cidade. Ali você vai ver o que eu faço e até o que eu deixo de fazer – positivamente, óbvio. Eles não brincam em serviço.
Gfnoticias: Sei… E como surgiu a ideia de fazer o Minority Report?
José Serra: Ah, isso foi engraçado. Quando o Spielberg ficou sabendo que eu queria usar a FEBEM… (Nessa hora seu cabeleireiro dá um sonoro pigarro com a garganta, dando a impressão de que iria expelir um de seus pulmões. Serra olha para ele confuso, mas por fim entende o recado) Desculpe… Quando Spielberg soube que utilizaria a Fundação Casa para prender crianças, que ainda nem cometeram nenhum crime, ele me ligou na mesma hora. Aí você sabe né, uma coisa leva a outra, e aqui estou.
Gfnoticias: Prender crianças? Como assim?
José Serra: Meu futuro Secretário de Direitos Humanos lhe responderá essa questão – diz o galã de cinema, com ar de desdém, a cabeça levemente inclinada para cima e as sombrancelhas arqueadas.
Serra em ação
De avental negro, com a tesoura na mão, alguns grampos nos lábios e uma bandana com a estampa da CHER, qual não foi nossa surpresa ao descobrir que o secretário era ninguém menos que seu cabelereiro. O homem se chamava Coronel Telhada – nome artístico – e curiosamente calçava um coturno.
Coronel Telhada (nome artístico): Escuta aqui o jornalista – disse apontando o secador de cabelos em minha direção – Vagabundo é vagabundo. Fui claro??
Gfnoticias: Mais claro impossível… Para terminar, gostaria de dizer alguma coisa a seus fãs?
José Serra: Sim, pois não… Galera – disse o rapaz, com sorriso jovial – domingo é dia de me escolher como seu prefeito. Independente disso, deem uma passada no cinema depois para ver minha performance nesse filme. Se tudo der certo, em 2013 estreará outra produção minha, Armagedon. Mas fiquem tranquilos, pois essa ficará em cartaz por, pelo menos, 2 anos, até as eleições de 2014.
Calçou suas pantufas brancas, se despediu de nós e saiu, de braços dados com Gilmar Mendes, que acompanhou atentamente todo o processo na escuridão da cochia.
