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A mesmice tática do futebol nacional

Autor: Leonardo Caprara 4 de outubro de 2012 0 Comentário

Em um época que o futebol brasileiro passe por um ótimo momento financeiramente e está tendo uma continua crescente na sua estrutura geral surgem novos problemas, dessa vez o grande problema é dentro de campo, onde uma continua mesmice tática toma conta e as partidas cada vez mais repetições sem nada a acrescentar.

Não que esse fato seja exclusivo do futebol brasileiro, pois em muitos outros campeonatos podemos detectar este tipo de problema, mas no brasileirão 2012 isso fica muito evidente e para explicar isso vou usar 2 times como exemplo, o Internacional (RS) e o Cruzeiro (MG).

O primeiro é o Internacional que novamente em 2012 montou um grande elenco (fato que vem acontecendo a muitos anos) mas como em outras oportunidades seu rendimento é ridículo para a verba investida.

Contou com a contratação do craque da última copa do mundo e ídolo da seleção celeste Diego Forlán, que junto com Seedorf balançaram o mercado nacional, mas de nada adiantou, o elenco comandado por Fernandão parece perdido dentro de campo, sem criar nada de novo, só apenas aquele futebol quadrado que todos já conhecem e as jogadas mais caricatas possíveis.

O time joga em um esquema de linha de 4 na zaga, 2 volantes, 2 meias com funções mais de armação, um meia mais de chegada fazendo uma função quase que de atacante com liberdade para rodar na frente da área (função exercida por Forlán) e o goleador Leandro Damião de centroavante.

Esse esquema não da certo pois fica muito fácil para a marcação adversaria, os laterais não tem chegada forte e a sintonia do meio com o ataque parece não estar funcionando, tendo obrigado Damião a sair da grande área para buscar jogo no meio e fazer armação e assim deixando sempre alguém isolado na frente que em quase todas as vezes é o craque uruguaio e quando não é ele é o próprio Damião que fica sozinho.

Isso acontece pela falta de audácia de tentar algo novo, de criar um sistema próprio para cada time invés de ficar usando tais conceitos de mesmice.

No caso do Cruzeiro fica parecido, mas com mais evidencia na zaga, já que a armação e o ataque tem boa sintonia, muito por Montillo estar fazendo como sempre um bom campeonato.

O grande problema de Celso Roth é a falta de opções, o clássico treinador que sempre começa com boas campanhas acaba se perdendo ao decorrer de seu trabalho por não conseguir criar alternativas para os problemas do cotidiano de um time de futebol, como lesões e suspensões.

Sistema mais usado

Na minha opinião o único treinador que conseguiu fugir dessa chata repetição nos últimos tempos foi Marcelo Oliveira, que sem grandes elencos fez o Coritiba ir a duas finais de copa do Brasil, mesmo que sem vencer nenhuma os seus padrões estabelecidos foram ótimos.

E você, o que acha? Deixe suas opiniões nos comentários!


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